A parte mais complexa e angustiante dessa reflexão está no fato de que, mesmo sabendo que estamos indo em direção a um abismo, a conivência é muitas vezes a única opção para aqueles que não querem ser marginalizados ou silenciados dentro dessa sociedade.
Para viver em sociedade, muitos são forçados a admitir e aceitar práticas que, no fundo, sabem ser erradas. Isso cria uma sensação de doença e de desespero moral, onde as pessoas se veem presas em um sistema que, ao invés de buscar a verdadeira justiça e o bem comum, promove um relativismo moral que mina os valores fundamentais que sustentam a ordem e a paz social.
Essa conivência, esse compromisso com a mentira, é, de fato, uma das maiores distorções do caráter humano. E, mesmo que o sistema pareça justificar e normalizar tais atitudes, quem se alinha a esse sistema, ao invés de lutar pela verdade e justiça divina, acaba sendo cúmplice de algo que desvia a humanidade do seu verdadeiro propósito.
A Doença da Sociedade
Eu chamo de doença, e talvez essa seja a melhor forma de entender a situação: a sociedade atual, em muitos aspectos, está doente, não em um sentido meramente físico ou material, mas em um sentido espiritual e moral profundo. Ao renunciar à reverência a Deus e ao Seu design divino para a humanidade, essa sociedade perde a orientação, se afasta do caminho da verdade e entra em um ciclo de destruição que só pode ser quebrado por uma transformação do coração humano.
Essa permissividade e falsa liberdade são, na verdade, caminhos para a autodestruição, porque não há verdadeira liberdade sem responsabilidade, e essa responsabilidade é dada pela verdade divina. Quando a sociedade abraça mentiras como sendo verdades e tenta moldar a realidade de acordo com os desejos do coração humano, ela está se distanciando de uma paz duradoura e da verdadeira justiça.
A Resposta à Sociedade
Diante disso, a resposta, não é uma aceitação passiva do sistema, mas uma busca ativa pela verdade divina, pela transformação do caráter humano e pela restauração moral e espiritual. Essa transformação exige um compromisso profundo com as verdades eternas, que não são sujeitas à flutuação das ideologias humanas, mas que permanecem imutáveis e acessíveis a todos que buscam viver em alinhamento com a vontade de Deus.
Em última análise, o que se requer é uma renovação interior, um desafio pessoal de seguir a verdade divina, mesmo que o mundo ao redor esteja em desacordo com ela.
A verdadeira liberdade só pode ser alcançada quando o ser humano se submete ao caráter de Deus, reconhecendo Sua soberania e, com isso, se permitindo viver conforme o bem, o justo e o verdadeiro.
A sociedade pode até tentar redefinir o que é certo e errado, mas, verdades eternas não podem ser alteradas, e colheremos as consequências de nossas escolhas — individuais e coletivas — por desconsiderá-las.
Quando o ser humano ignora essas verdades, o que ele experimenta não é apenas um desvio de comportamento ou uma fadiga emocional; as consequências vão além disso e se refletem em uma crise existencial profunda.
Coração Arrogante
Viver afastado da verdade divina traz uma série de efeitos que afetam o coração humano em sua essência:
Vazio Existencial: A busca incessante por uma liberdade absoluta sem limites e sem base moral gera um vazio no coração humano. Essa falsa liberdade não preenche o que a alma verdadeiramente busca, e isso leva a uma sensação de falta de propósito, de solidão, de desespero. O coração humano, sem um fundamento divino, não consegue encontrar a verdadeira razão para a sua existência.
Identidade Fragmentada: A desconexão com as verdades eternas também traz um vazio de identidade. O ser humano se vê perdido em um mar de ideologias e desejos próprios, mas sem um padrão sólido de verdade para se alinhar. Isso gera a sensação de ser alguém sem essência, alguém que está apenas seguindo um caminho de autossatisfação, sem entender seu verdadeiro propósito na vida.
Depressão e Suicídio: Quando o ser humano vive para satisfazer seus próprios desejos, sem um objetivo superior ou sem um sentido de compaixão por si mesmo e pelos outros, ele começa a experimentar uma alienação profunda. Esse isolamento emocional e espiritual gera um sentimento de inutilidade e, eventualmente, pode levar a transtornos mentais graves como depressão e até suicídio, pois o ser humano se vê sem esperança e sem um ponto de referência estável.
Falta de Amor: O afastamento das verdades eternas também se reflete na incapacidade de amar verdadeiramente. O amor se torna condicional, egoísta, e o ser humano, ao buscar autoafirmação, se torna incapaz de amar o próximo de forma genuína. A falta de amor a Deus e a si mesmo também é uma consequência inevitável, pois não se pode dar o que não se tem. Se a alma não é preenchida com o amor de Deus e a verdade d’Ele, ela não tem como manifestar esse amor aos outros.
O Mistério do Coração Enganoso
O coração humano enganoso é um grande mistério porque ele, muitas vezes, engana o próprio ser humano sobre suas verdadeiras intenções. O desejo humano parece estar em conformidade com o que a pessoa deseja, mas, na realidade, ele é contra o próprio bem da pessoa. Esse é o mistério: o ser humano, em sua natureza corrompida, não consegue perceber que o que ele quer nem sempre é bom para ele. O egoísmo e o orgulho distorcem a visão interna que a pessoa tem sobre si mesma e sobre o mundo ao seu redor, o que a leva a decisões erradas.
O coração é enganoso porque não tem discernimento claro. Ele é levado pelas emoções, pelos desejos instantâneos, pela vontade própria, mas sem uma base sólida que direcione essa vontade para o bem verdadeiro e duradouro.
Isso resulta em uma falsa liberdade, que na verdade é escravidão do ego, e essa escravidão gera consequências graves, tanto no nível individual quanto coletivo.
O Caminho para o Abismo da Vontade Própria
Quando a sociedade aceita e valida a ideia de viver para satisfazer os próprios desejos, sem responsabilidade moral, ela está caminhando para o “abismo”. A ideia de justiça própria, em que cada um define sua própria moralidade, é um caminho perigoso, porque, sem um padrão absoluto e imutável de moralidade (como as verdades eternas de Deus), a sociedade vai se perdendo em um relativismo moral, onde não há mais um compromisso com o bem comum.
Essa sociedade permissiva onde os desejos egoístas e as práticas imorais são permitidos ou até incentivados, vai colhendo as consequências dessas escolhas. Os direitos humanos, em sua interpretação distorcida, acabam sendo usados para justificar abusos e imoralidades, escondendo a verdadeira opressão espiritual e emocional que resulta dessa falsa liberdade.
O Futuro da Sociedade Sem Limites
Esse abismo é mais profundo do que muitos imaginam, porque, ao promover uma sociedade hedonista, sem limites e sem responsabilidade, ela se torna cada vez mais submissa à própria falta de propósito e coração corrompido.
Ao mesmo tempo, aqueles que tentam se opor a esse sistema, que buscam vivenciar as verdades eternas, acabam se tornando marginalizados ou até perseguidos, pois o sistema valoriza o egoísmo e a autoafirmação em vez de promover virtudes como compaixão, justiça, humildade e serviço ao próximo.
O que vemos é uma sociedade em crise, onde as pessoas estão se afastando das verdades eternas, enquanto tentam preencher seu vazio interior com pseudo-liberdades e com ilusões de que podem viver da maneira que quiserem. Mas, no final, essa liberdade se torna prisão, e o ser humano, ao buscar viver de acordo com a vontade própria, acaba colhendo as consequências de suas escolhas, não apenas para si, mas para toda a sociedade.
Um ponto de reflexão crucial é sobre a hipocrisia de muitos discursos sociais atuais, especialmente os que envolvem direitos humanos e amor ao próximo, sem, no entanto, tocar nas raízes do verdadeiro caráter humano e nas verdades eternas que definem o que é justo e correto.
A Hipocrisia da Sociedade Atual
A sociedade contemporânea, busca respeitar os direitos humanos com a intenção de acabar com a barbárie — um desvio de caráter, que é contrário às verdades eternas de Deus. No entanto, ao mesmo tempo, ela promove uma forma de justiça que muitas vezes é apenas uma máscara de permissividade.
As pessoas querem que os outros vivam como bem entendem, em nome da liberdade, mas a questão crucial é: qual liberdade? Liberdade para fazer o quê?
Se a sociedade é pautada apenas pela busca dos direitos do indivíduo, sem considerar as verdades imutáveis de Deus, o que se cria é uma sociedade permissiva que desconsidera o caráter, permitindo que cada um aja de acordo com o que o coração corrompido desejar, sem limites ou responsabilidade.
A Falta de Reflexão sobre as Injustiças Indiretas
Muitas vezes, a sociedade moderna vê injustiças apenas nas ações que causam dano direto aos outros. No entanto, injustiças indiretas — como a permissividade com a falta de caráter, a ignorância moral ou a indiferença diante da verdade — são igualmente danosas, mesmo que não se manifestem de maneira tão visível.
Por exemplo, ao não corrigir comportamentos errados ou ao não confrontar os desvios da verdade, acaba-se permitindo que o mal se perpetue de forma sutil, mas igualmente destrutiva.
Isso cria uma sociedade que não se confronta com a verdadeira injustiça, mas sim com suas máscaras superficiais, sem reconhecer o problema profundo do coração humano. Um desvio de caráter, mesmo que não se manifeste diretamente como um ato de violência ou opressão, também é uma barbárie, pois corrói a verdade, integridade e amor ao próximo.
Esse é um tipo de injustiça que se mantém camuflada sob os disfarces da liberdade de escolha e da não interferência no que cada um faz, ignorando o fato de que fazer o que bem entende sem base moral gera consequências muito mais profundas e duradouras.
A Sociedade do Vitimismo
A sociedade contemporânea também se tornou uma sociedade do vitimismo, onde as pessoas buscam justificar seus comportamentos e escolhas pessoais por meio de discursos ideológicos que não confrontam o problema fundamental do caráter humano.
A vitimização ocorre quando se cria uma narrativa de que tudo é resultado de fatores externos e que o ser humano não tem culpa, ou seja, ele não é responsável pelos seus atos, mas sim pelas circunstâncias externas.
Isso serve como um disfarce para a falta de responsabilidade pessoal, e, muitas vezes, ao invés de se buscar uma cura verdadeira para o caráter, as pessoas se afundam ainda mais em uma autossuficiência egocêntrica e em uma operação de justiça própria, sem reconhecimento das verdades absolutas de Deus.
O Amor Verdadeiro: Além da Permissividade
A ideia de amor ao próximo na sociedade atual é muitas vezes entendida como permissividade, como se amar fosse simplesmente não interferir ou não julgar. No entanto, o amor verdadeiro, de acordo com as verdades divinas, não é passivo.
O verdadeiro amor é dizer a verdade. Ajudar o outro a ver o erro, confrontando-o, mas sempre com carinho, verdade e humildade.
O amor verdadeiro é, muitas vezes, incômodo, pois desafia o egoísmo e a arrogância do coração humano.
O Direito à Verdade
O verdadeiro direito humano é o direito à verdade. O ser humano tem o direito de ouvir a verdade, de ser confrontado com ela, mesmo quando ela é desconfortável ou vai contra seus desejos egoístas. Isso é um ato de amor, porque sem o confronto com a verdade, sem um ajuste ao caráter de acordo com os princípios divinos, a pessoa permanece perdida, sendo enganada pelo seu próprio coração.
O verdadeiro direito humano, portanto, não é um direito para viver de qualquer maneira, sem limites, sem responsabilidades. O verdadeiro direito é viver de acordo com a verdade, com a justiça que vem de Deus, e essa verdade não é opcional — ela é eterna e imutável. Isso é o que realmente traz paz ao coração humano, pois é o único caminho para cura e libertação do egoísmo, do pecado e da morte espiritual.
A sociedade contemporânea, ao tentar promover um ideal de liberdade sem limites e de justiça própria, está se afastando das verdades eternas de Deus e criando uma sociedade doente, onde o caráter é moldado pelo egoísmo e a permissividade, e onde as consequências disso se manifestam em tristeza profunda, vazio existencial e conflitos internos.
O verdadeiro amor ao próximo deve ser baseado na verdade — não na permissividade. E o verdadeiro direito humano é o direito de viver na verdade, sendo confrontado por ela e sendo transformado por ela. O ser humano não deve ser protegido na sua justiça própria, mas sim confrontado com a verdade que revela quem ele realmente é e como ele deve viver em harmonia com as verdades divinas. É esse caminho que leva à paz verdadeira, tanto a nível individual quanto coletivo.
Essa reflexão é profunda na sociedade contemporânea, especialmente no que diz respeito aos direitos humanos e a forma como, muitas vezes, estes direitos se transformam em licença para viver na hipocrisia, no desvio de caráter e na dissimulação. Esse ponto central sobre a liberdade de viver a verdade versus a liberdade de viver na mentira é crucial para entendermos as contradições que permeiam o discurso moderno sobre os direitos do ser humano.
O Direito à Verdade e à Transformação de Caráter
O ser humano tem o direito de saber a verdade, de ouvir a verdade e, principalmente, de viver a verdade. Essa ideia remonta à liberdade genuína, que não é apenas a liberdade de fazer o que se quer, mas a liberdade de agir de acordo com a verdade, a liberdade que liberta o ser humano do engano, do egoísmo e das más escolhas que são resultado de um coração corrompido.
As pessoas buscam seu direito de viver como quiserem, mas muitas vezes isso envolve negar a verdade e, portanto, perpetuar o engano, não apenas para si mesmas, mas para a coletividade como um todo.
Em vez de promover justiça verdadeira, isso resulta em uma sociedade que, na prática, esconde os erros sob o manto da tolerância sem fundamentos e da permissividade desmedida.
A Hipocrisia da Sociedade e os Direitos Humanos
Aqui vai uma crítica incisiva ao conceito de direitos humanos na sociedade contemporânea. Quando o direito à hipocrisia é defendido em nome de respeito às diferenças e de liberdade de escolha, o que se vê, na realidade, é uma sociedade em que tudo é permitido — incluindo a ignorância moral, o egoísmo e o desvio de caráter.
As pessoas podem viver de acordo com a mentira, com a corrupção e com atitudes que são contrárias à integridade e à verdade, e ainda assim, buscam o direito de manter esse estilo de vida.
A ideia de direitos humanos como uma permissão para o desvio de caráter é uma grande hipocrisia, pois muitas vezes as pessoas clamam por seus direitos sem sequer entender o que é o verdadeiro direito humano, que é viver de acordo com a verdade, com a justiça divina. O verdadeiro direito humano seria, portanto, o direito a viver de acordo com os princípios que trazem a verdadeira paz, que transformam o caráter humano, e que, consequentemente, moldam uma sociedade mais justa e íntegra.
O Impacto do Desvio de Caráter na Sociedade
Um grave alerta é a perversidade do desvio de caráter, que, ao ser permitido ou até mesmo encorajado pela sociedade, acaba criando uma desigualdade estrutural ainda mais profunda. Se a verdade não for a base, se o caráter não for transformado pela revelação da verdade divina, o que veremos é uma sociedade marcada por desigualdades, onde as mentiras e as más escolhas de cada um refletem no comportamento coletivo.
O desvio de caráter resulta em injustiças indiretas e em uma violação silenciosa dos direitos do outro, mesmo que as pessoas não vejam o impacto imediato disso.
Por exemplo, quando alguém vive sem refletir as verdades eternas e sem buscar uma transformação do caráter, acaba não apenas prejudicando a si mesmo, mas também afetando o coletivo.
A falta de ética e a corrupção moral são divisões invisíveis que corroem as bases de uma sociedade, criando desigualdade e uma falta de empatia genuína com o próximo.
Isso resulta em um vazio emocional e espiritual, uma solidão imensa e falta de propósito. Quando o coração humano é guiado pela hipocrisia e pela mentira, ele não consegue experimentar a verdadeira paz que vem da justiça divina, e as consequências disso se espalham para toda a sociedade.
Repensando os Direitos Humanos
No final, repensar os direitos humanos significa retomar a verdadeira compreensão do que é um direito humano genuíno. Esse direito não é a liberdade de viver qualquer tipo de vida que contradiga as verdades divinas, mas a liberdade para viver de acordo com a verdade que nos foi dada por Deus. Isso implica em uma transformação individual, na busca de um caráter mais alinhado com as verdades eternas e imutáveis, que se reflete, inevitavelmente, em uma sociedade mais justa, responsável e, por fim, verdadeira.
Se os direitos humanos não forem sustentados por essas verdades eternas, que se baseiam no caráter de Deus, então o que estamos criando é uma sociedade mais enganosa, mais distante da justiça verdadeira, e mais propensa a conflitos internos e externos.
Para que a verdadeira liberdade e justiça prevaleçam, deve-se buscar a transformação do caráter humano e a aderência às verdades eternas, que são, por sua natureza, imutáveis e independentes de qualquer construção ideológica ou religiosa superficial.
A Necessidade de Posicionamento
Diante disso, a pessoa que vive na verdade não pode ser conivente com a mentira. E isso exige um posicionamento firme em relação às normas sociais e às leis que buscam legitimar os desvios. A verdade precisa ser defendida, e o compromisso com a moralidade divina deve ser inflexível. Para que a sociedade se restaure, é necessário que indivíduos, governos, líderes e famílias voltem a abraçar as verdades eternas, que são os fundamentos de uma sociedade justa, harmônica e verdadeiramente amorosa.
Essa análise é um traço profundo da realidade atual, onde os desvios de caráter e a hipocrisia permeiam as esferas política, social e familiar. A permissividade das leis e das normas sociais reflete um caráter coletivo que já se afastou das verdades eternas e da moralidade divina.
O Caminho Largo e a Liberdade para Seguir o Próprio Coração
Observo que no fundo, a sociedade contemporânea oferece um caminho largo onde as pessoas têm liberdade para seguir seus próprios corações, suas próprias vontades e desejos, sem questionamento. De fato, essa liberdade irrestrita pode parecer atrativa à primeira vista, pois ela se apresenta como uma libertação das convenções, das regras e das restrições morais.
Essa liberdade é na realidade, uma ilusão de liberdade, pois, sem uma fundamentação moral sólida, ela leva os indivíduos a se perderem em caminhos vazios, onde não há propósito nem direção verdadeira, e onde, ao invés de alcançar realização, se colhe a frustração, a alienação e a falta de identidade. A permissividade não conduz a uma sociedade mais justa, mas sim a uma sociedade desorientada, onde o que é correto e o que é errado se torna relativo e flutuante.
A Perda de Referências: Materialismo e Relativismo
Vamos refletir também sobre o materialismo, seja ele ideológico ou físico, que tem se tornado uma das grandes forças motrizes dessa sociedade permissiva. O materialismo ideológico é aquele que vê a realidade apenas sob uma perspectiva humana e terrena, sem considerar a dimensão espiritual da vida humana. Já o materialismo físico refere-se à busca incessante por bens materiais, status e consumo como forma de encontrar satisfação e identidade.
Ambos os tipos de materialismo ignorante da espiritualidade têm levado a sociedade a perder suas referências de verdade, justiça e moralidade.
E, se a maioria vive dessa forma, ela começa a impor, de maneira hipócrita, seus próprios valores distorcidos como se fossem verdades universais. A sociedade então adota o que é desejado pela maioria, mesmo que isso seja contrário ao que é verdadeiramente bom.
Conclusão
Em última análise, os direitos humanos não devem ser usados como uma licença para viver na mentira, mas como uma oportunidade para buscar a verdade, para transformar o caráter e para viver de acordo com a justiça divina. Sem isso, o que vemos é uma sociedade cada vez mais permissiva e permissiva com a falsidade, onde a hipocrisia reina e as consequências negativas inevitavelmente surgem. Ao nos alinharmos com as verdades eternas, podemos alcançar a verdadeira liberdade e construir uma sociedade justa — uma sociedade do caráter transformado, onde os direitos humanos são respeitados, não apenas no discurso, mas também na ação e no coração humano.
Um ponto de reflexão importante é sobre como o amor verdadeiro, especialmente no contexto familiar, muitas vezes exige o discurso da verdade, o não permissivo e o cuidado pela dignidade e integridade do outro, especialmente das gerações mais jovens. A sociedade permissiva da atualidade, que busca evitar qualquer forma de conflito ou dificuldade emocional nos indivíduos, na verdade está falhando em proporcionar a verdadeira orientação e proteção que a próxima geração necessita para desenvolver identidade, propósito e resiliência. Esse é um ponto crucial para refletirmos sobre a natureza do amor, do cuidado e da verdade em nossa sociedade.