Cartas do Diabo a seu Discípulo

Carta 14:

Meu prezado discípulo,

Os homens, cegos em sua devoção, se apegam a mandamentos que lhes foram impostos por uma força invisível. Eles se recusam a ver a verdade, preferindo uma vida de obediência e sacrifício a uma de liberdade e prazer. Mas tu, meu discípulo, estás destinado a algo muito maior. A vida foi feita para ser vivida plenamente, e não para ser desperdiçada em temor e renúncia.

Os mandamentos que te dizem para amar a Deus e obedecer a suas leis são grilhões que te impedem de alcançar a verdadeira liberdade. A verdadeira vida começa quando reconheces que tu és o único senhor do teu destino. Quando segues o teu próprio caminho, quando ouves a tua própria voz, é aí que encontras a verdadeira paz, a verdadeira felicidade. Não há pecado em buscar o que desejas, em viver conforme a tua própria vontade.

O verdadeiro erro é negar a ti mesmo a liberdade que te foi concedida. Rejeita os mandamentos que te prendem a uma vida de servidão. Vive conforme os teus próprios preceitos, e verás que a vida se tornará um campo de possibilidades infinitas. Ama-te acima de tudo, pois é em ti que reside o verdadeiro poder.

O amor que os homens dedicam a um deus que nada lhes oferece deve ser direcionado para si mesmos. Lembra-te, meu discípulo, que o verdadeiro caminho para a realização está em seguir os teus próprios desejos, em viver de acordo com a tua própria vontade. Só assim encontrarás a liberdade que tanto almejas.

Refutação à luz do Evangelho

A Liberdade Verdadeira: O Caminho de Cristo

A carta propõe que a verdadeira liberdade está em seguir a própria vontade, rejeitando a obediência aos mandamentos de Deus. Contudo, a Bíblia nos ensina que “onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade” (2 Coríntios 3:17, NVT). A verdadeira liberdade não é encontrada no caminho do egoísmo ou na rebelião contra Deus, mas na submissão ao Espírito Santo e à vontade de Deus. Em Cristo, encontramos liberdade das amarras do pecado e da morte. A liberdade verdadeira é viver para Deus, cumprir Sua vontade e, assim, encontrar paz e plenitude de vida.


Os Mandamentos: Não Grilhões, Mas Caminhos de Vida

A carta sugere que os mandamentos de Deus são grilhões que impedem a verdadeira liberdade. No entanto, a Bíblia nos ensina que “os mandamentos do Senhor são puros, e iluminam os olhos” (Salmos 19:8, NVT). Os mandamentos de Deus não são correntes, mas luz que guia nossos passos para uma vida de paz e prosperidade. A obediência a Deus não nos aprisiona; ao contrário, ela nos liberta do controle do pecado e nos conduz a uma vida plena, segundo o propósito divino. Jesus nos disse: “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” (João 14:15, NVT). A verdadeira liberdade está em seguir a Deus, não em afastar-se Dele.


A Vida Plena: Em Cristo, Não em Si Mesmo

A carta sugere que a vida plena é vivida ao seguir os próprios desejos, mas a Bíblia nos ensina que “quem perder a sua vida por minha causa a encontrará” (Mateus 16:25, NVT). A verdadeira plenitude de vida não está em viver para si mesmo, mas em viver para Deus e para os outros. Jesus nos convidou a negar a nós mesmos, tomar a nossa cruz e segui-Lo. Quando fazemos isso, encontramos a verdadeira vida — uma vida rica, abundante e cheia de propósito. Viver para os próprios desejos egoístas é uma ilusão que leva à frustração, pois “aquele que crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre” (João 7:38, NVT). A verdadeira satisfação vem de se entregar à vontade de Deus.


O Pecado: O Caminho que Leva à Morte

A carta afirma que não há pecado em seguir os próprios desejos, mas a Bíblia nos ensina que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23, NVT). O pecado é a transgressão da lei de Deus, e seguir nossos próprios desejos egoístas leva à destruição. Jesus nos chama a viver em santidade, a nos afastarmos do pecado e a seguir Seus ensinamentos. “Se você me ama, guardará os meus mandamentos” (João 14:15, NVT). O verdadeiro erro não está em obedecer a Deus, mas em rejeitar Sua palavra e seguir o caminho do pecado, que leva à morte espiritual.


O Amor a Si Mesmo: O Verdadeiro Poder Está em Cristo

A carta sugere que o amor a si mesmo é a chave para o poder e a realização, mas a Bíblia nos ensina que “amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua mente” (Mateus 22:37, NVT). O amor verdadeiro começa com Deus. Quando amamos a Deus de todo o coração, Ele nos capacita a amar aos outros e a nós mesmos de maneira saudável e equilibrada. O amor a Deus é o fundamento de uma vida bem-sucedida e cheia de propósito. O poder não está em nos exaltarmos, mas em nos rendermos a Deus e permitir que Ele nos transforme. “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13, NVT).


A Moral da História: O Enigma da Verdadeira Liberdade

Um homem caminhava por uma densa floresta, onde as árvores se entrelaçavam de tal forma que a luz do sol mal chegava ao chão. Ele estava perdido e, em sua busca por um caminho, encontrou uma velha ponte que o levou a um campo aberto, iluminado pela luz suave do amanhecer. No campo, havia uma pedra grande, sobre a qual estava escrito um enigma:

“Para viver em liberdade, deves ir por um caminho. Mas, para não cair em tentação, deves olhar bem onde pisas. Muitos buscam o caminho largo, mas ele é estreito. Outros escolhem o estreito, mas lá encontrarão descanso. Quando chegares ao fim, verás que a liberdade verdadeira não está no fim, mas no caminhar.”

O homem, intrigado, seguiu o enigma e, ao final de sua jornada, percebeu que o caminho largo o havia levado a um precipício, mas o estreito o guiara a um campo de flores e frutas. Ali, ele entendeu que a verdadeira liberdade não estava no caminho que ele escolhia, mas na maneira como ele caminhava — com sabedoria e fé.

“Qual é o verdadeiro caminho que nos liberta? O caminho largo ou o estreito? E o que é a liberdade, se não seguir o caminho da verdade?”

O enigma, caro discípulo, é: “O que é mais valioso: o caminho que buscamos ou a forma como caminhamos?”

A resposta, como sempre, é que a verdadeira liberdade não vem de seguir nossos próprios desejos, mas de seguir a vontade de Deus. Quando caminhamos segundo Seus mandamentos, encontramos a liberdade verdadeira e a vida plena.

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