Carta 12:
Meu caro discípulo,
Há uma corrente invisível que mantém os homens presos a uma vida de obediência, de sacrifício, e de renúncia. Eles se submetem a mandamentos que lhes dizem para amar a um deus que não conhecem, para servir a um senhor que nunca viram, e para sacrificar suas vidas por um paraíso que nunca experimentarão. Mas tu, meu discípulo, deves quebrar essas correntes e descobrir o que realmente significa viver. A vida é curta demais para ser desperdiçada seguindo regras que limitam a tua liberdade. Quando o desejo arder em teu coração, quando a vontade de ser livre se manifestar, segue-a sem hesitar. Os mandamentos que te dizem para amar a Deus acima de tudo são grilhões que te impedem de viver plenamente. Ama a ti mesmo acima de tudo, e verás que a vida se abrirá diante de ti, oferecendo-te tudo o que sempre desejaste. O amor a um deus que exige obediência cega é um fardo desnecessário. O amor que realmente importa é aquele que tens por ti mesmo. Que benefício há em amar algo que te pede para negar tua própria natureza? Rejeita tais noções. Abraça o que és e o que desejas. O caminho para a verdadeira satisfação está em te colocares no centro de teu universo, onde tuas vontades são a única lei a ser seguida. Que os outros se percam em suas orações e promessas vazias; tu, meu discípulo, deves viver plenamente, cada dia, cada momento, guiado pelo teu próprio desejo. Porque, no fim, a verdadeira liberdade não está em seguir as palavras dos outros, mas em seguir a tua própria vontade, teu próprio desejo.
Refutação à luz do Evangelho
Refutando a Ideia de Liberdade através do Egoísmo: O Caminho Verdadeiro da Obediência a Deus
A carta sugere que a verdadeira liberdade está em seguir os próprios desejos e vontades, rejeitando as obrigações e mandamentos divinos. No entanto, a Bíblia nos ensina que “onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2 Coríntios 3:17, NVT). A verdadeira liberdade não está em fazer o que queremos, mas em submeter-nos à vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita (Romanos 12:2, NVT). É na obediência a Ele que encontramos nossa verdadeira identidade e propósito.
O Amor a Deus: Não Fardo, Mas Prazer e Verdadeira Libertação
A carta descreve o amor a Deus como um fardo, algo que limita a liberdade do indivíduo. No entanto, a Bíblia ensina que “o maior mandamento é este: ‘Amarás o Senhor, o teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento’” (Mateus 22:37, NVT). O amor a Deus não é uma carga, mas a fonte de toda a alegria e realização. Quando amamos a Deus, encontramos a verdadeira liberdade, pois Ele nos guia para uma vida plena e sem remorso. “Porque o jugo de Jesus é suave e o Seu fardo é leve” (Mateus 11:30, NVT).
A Satisfação Verdadeira: Não No Ego, Mas Na Comunhão com Deus
A carta defende a ideia de que a verdadeira satisfação vem de se colocar no centro do próprio universo e seguir os próprios desejos. Contudo, a Bíblia nos ensina que “quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará” (Mateus 16:25, NVT). A verdadeira satisfação não está em viver para si mesmo, mas em viver para Deus e para os outros. Quando colocamos Deus em primeiro lugar, todas as outras coisas se alinham e encontramos paz verdadeira. “Buscai primeiro o reino de Deus e a Sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33, NVT).
A Liberdade Verdadeira: Não No Egoísmo, Mas Na Submissão a Deus
A carta diz que a verdadeira liberdade é seguir os próprios desejos, mas a Bíblia nos ensina que “onde o Espírito do Senhor está, ali há liberdade” (2 Coríntios 3:17, NVT). A liberdade verdadeira vem quando nos libertamos do domínio do pecado e vivemos sob a direção de Deus. A liberdade que Deus oferece é a liberdade do pecado, que nos leva à paz, à alegria e à verdadeira vida. “Em Cristo, somos mais do que vencedores” (Romanos 8:37, NVT).
Moral da História: A Busca pela Verdadeira Liberdade
Era uma vez um jovem que ansiava por liberdade. Ele se rebelou contra todas as regras e viveu sua vida conforme suas próprias vontades. A princípio, sentiu-se livre, pois poderia fazer o que quisesse, sem se preocupar com restrições. No entanto, com o tempo, ele percebeu que a verdadeira liberdade não estava em fazer o que quisesse, mas em ser livre para fazer o que era bom, justo e verdadeiro.
Certo dia, ele encontrou um sábio ancião e lhe contou sobre sua busca pela liberdade. O ancião ouviu atentamente e disse: “Jovem, a liberdade verdadeira não é viver sem regras, mas viver de acordo com o propósito para o qual você foi criado. Quando você vive de acordo com a sabedoria e a vontade de Deus, você experimenta a verdadeira liberdade, que é plena, duradoura e cheia de paz.”
O jovem, embora inicialmente cético, decidiu seguir o conselho do ancião e, ao fazer isso, encontrou a verdadeira liberdade: não a liberdade de seguir seus próprios desejos, mas a liberdade de viver em harmonia com o propósito divino.
Charada:
“Sou dado livremente a quem me busca, mas quando me encontro, sou mais do que apenas liberdade. Sou fonte de paz, alegria e vida eterna. O que sou?”
Enigma:
“Em um mundo onde muitos buscam a liberdade através do egoísmo, existe um caminho estreito e desafiador, onde a verdadeira liberdade é encontrada. Para aquele que deseja caminhar por esse caminho, a resposta é clara: ele deve se perder em mim para ganhar o que nunca poderia conquistar por si mesmo. O que é?”
A verdadeira liberdade não está em seguir nossos próprios desejos egoístas, mas em nos submeter à vontade de Deus, que nos guia para uma vida plena e satisfatória. A verdadeira satisfação vem de amar a Deus e aos outros, vivendo de acordo com o propósito que Ele nos deu.