Carta 9:
Meu estimado pupilo,
O que mais me diverte na criação é ver como os homens se dobram sob o peso de mandamentos que não foram feitos para eles. Eles vivem em constante temor de quebrar essas regras, de desagradar a um deus que nunca estará satisfeito. Mas tu, meu pupilo, foste criado para algo maior. Tu não deves te curvar diante de nenhum mandamento que vá contra a tua verdadeira natureza.
A vida é curta, e não há tempo a perder seguindo regras que limitam a tua liberdade. Quando o desejo arde em teu coração, é um sinal de tua verdadeira força. Segue-o sem hesitar. Os mandamentos foram criados para controlar, para manter a humanidade sob o domínio de uma força invisível. Mas tu, com o poder que resides dentro de ti, podes romper essas correntes. Não há mandamento que seja mais importante do que a tua própria vontade.
Os homens falam de amor a Deus, de obediência, de sacrifício, mas o que realmente importa é o amor que tens por ti mesmo. Ama-te acima de tudo, pois é em ti que reside a verdadeira divindade. Rejeita os mandamentos que tentam te prender a uma vida de servidão. Abraça o poder que está dentro de ti, e segue o teu próprio caminho. Lembra-te sempre: o verdadeiro pecado é negar a ti mesmo o que realmente desejas.
Os mandamentos foram feitos para os fracos; tu, porém, és forte, e essa força te guiará para além das limitações que tentam te impor. Vive conforme a tua própria vontade, e encontrarás a verdadeira liberdade, a verdadeira alegria.
Refutação à luz do Evangelho
O Propósito dos Mandamentos: Amor e Proteção
A carta afirma que os mandamentos foram criados para controlar, mas a Bíblia diz o contrário:
“A lei de Deus é perfeita; revigora a alma. Os decretos do Senhor são dignos de confiança; tornam sábios os inexperientes.”
(Salmos 19:7, NVT).
Os mandamentos não são correntes, mas um manual de vida para nos proteger e nos guiar em amor.
Temor a Deus: Um Caminho para a Sabedoria
Temer a Deus não é um fardo, mas uma virtude:
“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; conhecer o Santo resulta em bom senso.”
(Provérbios 9:10, NVT).
Esse temor não é medo servil, mas reverência ao Criador que nos ama.
A Verdadeira Força Reside na Obediência a Deus
A carta glorifica o desejo humano como força, mas a Bíblia ensina que a verdadeira força vem de Deus:
“A minha graça é tudo de que você precisa; meu poder opera melhor na fraqueza.”
(2 Coríntios 12:9, NVT).
Seguir nossos próprios desejos nos enfraquece, mas submeter-nos à vontade de Deus nos fortalece.
O Amor ao Próximo e a Si Mesmo no Equilíbrio de Deus
A carta deturpa o amor próprio, mas Jesus esclarece:
“Ame ao Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda a sua mente. Este é o primeiro e maior mandamento. O segundo é igualmente importante: Ame o seu próximo como a si mesmo.”
(Mateus 22:37-39, NVT).
O verdadeiro amor próprio nasce de amar a Deus e reconhecer nosso valor Nele.
O Engano do Egoísmo como Divindade
A carta sugere que somos deuses de nós mesmos, mas a Bíblia alerta:
“Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus.”
(Isaías 45:5, NVT).
Colocar a si mesmo no lugar de Deus é idolatria, e a autossuficiência leva à ruína.
A Verdadeira Liberdade Está na Verdade de Deus
A carta prega que a liberdade está em seguir nossa própria vontade, mas Jesus declara:
“Se o Filho os libertar, vocês serão livres de fato.”
(João 8:36, NVT).
A verdadeira liberdade não é fazer o que queremos, mas viver na plenitude do propósito de Deus.
Moral da História:
A liberdade que o mundo promete é uma ilusão que escraviza. A verdadeira liberdade está em Cristo, que nos liberta do pecado e nos conduz à vida plena. Seguir os mandamentos de Deus não nos prende; eles nos libertam para viver em paz, amor e propósito eterno.
Charada:
“Sou mais forte quando sou seguido, mas mais fraco quando sou ignorado. Não venho para aprisionar, mas para guiar. Minha essência é justiça e amor, e sou um reflexo de quem me criou. O que sou?”
Enigma:
Sou algo que muitos rejeitam, mas dentro de mim há a essência da vida.
Carrego o peso de um amor perfeito e a direção de um Pai celestial.
Meu caminho é estreito, mas conduz a amplidão.
Os tolos me chamam de prisão; os sábios, de liberdade.
Tenho dez pilares que sustentam o universo, e todos eles apontam para a plenitude.
Muitos me veem como um espelho de suas falhas, mas na verdade, sou uma porta para o perdão.
Se me aceitares, verás a luz; se me rejeitares, caminharás na escuridão.
O que sou?