Casamento e o Plano Divino

Prefácio

O casamento, desde sua origem, é uma das instituições mais profundas e fundamentais da experiência humana. Ele transcende a mera união de duas pessoas, manifestando-se como um reflexo de ordem, propósito e complementaridade estabelecidos pelo próprio Criador. No coração dessa união reside a polaridade sexual, uma dinâmica que não apenas define as diferenças entre homem e mulher, mas também revela o potencial de unidade, harmonia e propósito em meio à diversidade.

A polaridade sexual não é um mero constructo social; é uma realidade profundamente enraizada na biologia, na psicologia e na espiritualidade do ser humano. No contexto do casamento, essa polaridade representa mais do que papéis ou funções; ela expressa o mistério de como duas naturezas distintas podem se complementar e se unir em um relacionamento que espelha, ainda que de forma imperfeita, a relação de Deus com a humanidade.

Contudo, em um mundo marcado pela confusão e pelo relativismo, o significado e o propósito do casamento têm sido frequentemente distorcidos. A polaridade sexual, outrora celebrada como uma força criativa e transformadora, tem sido relegada a debates simplistas ou, pior, negada em sua essência. Tal confusão não apenas afeta a compreensão do que significa ser homem ou mulher, mas também compromete o entendimento do casamento como uma aliança que transcende interesses individuais para apontar para algo maior: um projeto divino.

Este prefácio é um convite à redescoberta. Trata-se de resgatar o entendimento do casamento como um pacto sagrado e da polaridade sexual como um dom criador, capaz de gerar vida, amor e transformação. É uma oportunidade para refletir sobre como essas verdades, ancoradas na ordem natural e na revelação divina, oferecem respostas para os dilemas contemporâneos e um caminho para a restauração de relacionamentos que honrem tanto a dignidade humana quanto o propósito divino.

Ao explorar a profundidade do casamento e da polaridade sexual, este estudo desafia narrativas que buscam fragmentar a complementaridade e encoraja o leitor a abraçar a beleza de um relacionamento que reflete tanto a diferença quanto a unidade. Mais do que uma análise, é uma celebração da sabedoria divina, que nos convida a participar de uma dança eterna entre o masculino e o feminino, construída sobre o alicerce do amor, do compromisso e da graça.

Consequências da Polarização Sexual Invertida

Quando a polaridade sexual está invertida, o casamento frequentemente enfrenta os seguintes problemas:

1. Perda de Atração e Intimidade

A dinâmica de ação masculina e recepção feminina é essencial para manter a atração física e emocional no relacionamento. Quando essa polaridade é rompida:

  • A mulher pode perder o respeito e a atração pelo homem.
  • O homem pode se sentir desmotivado a se conectar emocionalmente.

2. Aumento dos Divórcios

Casais que não conseguem equilibrar suas polaridades frequentemente se separam devido a:

  • Falta de conexão emocional: A inversão dos papéis cria um vazio emocional que é difícil de preencher.
  • Ressentimento mútuo: Ambos os parceiros sentem que suas necessidades não estão sendo atendidas.

3. Impacto nas Crianças

Quando os papéis dos pais estão invertidos ou confusos, as crianças podem:

  • Lutar para entender seus próprios papéis de homem ou mulher.
  • Sentir-se inseguras devido à instabilidade no lar.

Caminhos para Reverter o Desequilíbrio

Para restaurar a harmonia nos relacionamentos, é essencial que homens e mulheres:

1. Homens Recuperarem a Liderança

  • Desenvolver confiança emocional e assertividade.
  • Assumir a responsabilidade de liderar com amor e sabedoria, não com autoritarismo.

2. Mulheres Abraçarem o Papel de Ajudadora

  • Reconhecer o valor de ser o complemento em vez de competir pela liderança.
  • Permitir que o homem desempenhe seu papel sem tentar “corrigir” ou “dominar” suas decisões.

3. Comunicação Clara

  • Estabelecer expectativas claras sobre responsabilidades e papéis dentro do relacionamento.
  • Trabalhar juntos como uma equipe para superar desafios.

Conclusão: A Inversão de Papéis e Ideologias são Negativas

A inversão de polaridades sexuais e os desafios ideológicos que a acompanham têm gerado instabilidade nos relacionamentos modernos. Para superar essa confusão, é essencial que homens e mulheres abracem suas diferenças complementares, valorizando os papéis tradicionais sem negligenciar as necessidades do mundo contemporâneo. Assim, podem construir relacionamentos mais fortes e alinhados com os princípios divinos, promovendo a estabilidade familiar e social.

Líder Amoroso, Provedor e Protetor

A função do homem no casamento, segundo a Bíblia e interpretada dentro de um contexto cristão, é multifacetada e reflete sua posição como líder amoroso, provedor e protetor da família.

Abaixo, exploram-se as responsabilidades e papéis atribuídos ao homem, com paralelos práticos e espirituais que podem ser aplicados tanto em contextos bíblicos quanto contemporâneos.

1. Liderança Espiritual

O homem é chamado para ser o líder espiritual do lar, guiando sua esposa e filhos nos caminhos de Deus. Esse papel envolve:

  • Exemplo de Fé: Ele deve ser o primeiro a buscar a Deus e demonstrar obediência à Palavra (1 Coríntios 11:3).
  • Ensinar e Discipular: Ensinar a família sobre os valores cristãos, incentivando a oração e a leitura das Escrituras (Efésios 6:4).
  • Santificação do Lar: Como Cristo santifica a Igreja, o homem deve buscar o crescimento espiritual de sua família (Efésios 5:25-27).

Paralelo Contemporâneo: Um homem comprometido espiritualmente é um exemplo moral e ético, influenciando sua família a tomar decisões baseadas em princípios sólidos.

2. Amor Sacrificial

O papel do marido é amar sua esposa como Cristo amou a Igreja, entregando-se por ela (Efésios 5:25). Esse amor de transformação do caráter segundo o coração de Deus é caracterizado por:

  • Sacrifício: Colocar as necessidades da esposa e da família acima das próprias, sempre alinhadas com os princípios e verdades eternas de Deus.
  • Respeito e Cuidado: Tratar a esposa com dignidade, reconhecendo seu valor (1 Pedro 3:7).
  • Paciência e Compreensão: Demonstrar empatia e buscar unidade no relacionamento sempre com base na verdade e justiça de Deus.

Paralelo Contemporâneo: Um homem que ama sacrificialmente é um parceiro emocionalmente maduro, que valoriza a colaboração e a compreensão em sua relação conjugal.

3. Provisão

Desde Gênesis, o homem foi designado a prover para sua família (Gênesis 3:17-19). Esse papel inclui:

  • Sustento Material: Trabalhar diligentemente para atender às necessidades básicas da casa (1 Timóteo 5:8). Enquanto a mulher administra com sabedoria.
  • Estabilidade e Planejamento: Garantir segurança financeira e organização para o bem-estar da família. Isso implica educação financeira e comprometimento de todos para conquistar os objetivos.

Paralelo Contemporâneo: Embora muitas mulheres também contribuam financeiramente hoje, o homem é frequentemente visto como o responsável pela estabilidade econômica da família.

4. Proteção

O homem é chamado a proteger sua família física, emocional e espiritualmente. Isso envolve:

  • Defesa Física: Garantir um ambiente seguro para sua esposa e filhos.
  • Proteção Espiritual: Guardar sua casa contra influências que possam desviar a família dos valores cristãos bíblicos puros e autênticos sem apostasias.
  • Amparo Emocional: Proporcionar apoio emocional à esposa e filhos, sendo uma âncora em tempos de dificuldade.

Paralelo Contemporâneo: Homens que assumem esse papel criam um ambiente de confiança e segurança, onde a família pode florescer.

5. Autoridade com Servidão

A autoridade do homem no casamento não é tirânica, mas serva. Ele lidera com humildade, refletindo o caráter de Cristo. Essa autoridade é expressa em:

  • Decisões Justas: Tomar decisões sábias e equilibradas, ouvindo sua esposa cristã virtuosa e considerando suas sábias opiniões.
  • Colaboração: Trabalhar com a esposa como uma equipe, valorizando suas contribuições.

Paralelo Contemporâneo: No mundo atual, isso se traduz em liderar com equidade e respeito, promovendo harmonia espiritual no lar.

6. Desenvolvimento e Inspiração

O homem tem a responsabilidade de incentivar o crescimento pessoal, emocional e espiritual de sua esposa e filhos. Isso pode ser feito por meio de:

  • Encorajamento: Apoiar os sonhos e talentos de sua esposa.
  • Educação: Estar envolvido na formação e educação dos filhos. (Homeschooling)
  • Visão: Trazer um propósito claro para a família, alinhando suas ações com os planos divinos.

Paralelo Contemporâneo: Um homem que inspira sua família ajuda todos os membros a alcançar seu potencial, criando um legado positivo, espiritualmente sólido e profundamente maduro.

Conclusão: O Homem é o Líder Espiritual de sua Família

A função do homem no casamento é essencial para a harmonia e estabilidade do lar. Ele é chamado a ser um líder espiritual, provedor, protetor, e modelo de amor sacrificial, sempre servindo com humildade e buscando a vontade de Deus. No contexto contemporâneo, isso exige sabedoria para equilibrar as demandas modernas com os princípios eternos, garantindo que a liderança masculina seja vista como um pilar de força, justiça e cuidado. Quando o homem cumpre esse papel, a família floresce, tornando-se um reflexo da relação entre Cristo e sua Igreja.

Patriarcado Mundano Versus Patriarcado bíblico

1. A Opressão Histórica das Mulheres

Historicamente, a opressão das mulheres por homens de caráter duvidoso está bem documentada em muitos contextos sociais, culturais e políticos. Isso se manifestou de diversas maneiras:

  • Submissão Forçada: Em muitas culturas, a mulher foi relegada ao espaço doméstico, sem direitos ou voz pública. A Bíblia ensina que a submissão não deve ser forçada, mas voluntária e baseada no amor e respeito mútuo. Efésios 5:22-25 instrui maridos a amarem suas esposas como Cristo amou a Igreja, entregando-se por ela.
  • Controle sobre Recursos e Educação: Impedidas de acessar a educação ou propriedades, as mulheres ficaram economicamente e intelectualmente dependentes dos homens. A mulher virtuosa descrita em Provérbios 31:16-18 é uma figura ativa, que adquire campos, trabalha com diligência e demonstra sabedoria, mostrando que a Bíblia valoriza sua autonomia e capacidade intelectual.
  • Violência e Abuso: Formas físicas, emocionais e sistêmicas de opressão foram usadas para manter o poder masculino. Colossenses 3:19 admoesta os maridos a não serem ásperos com suas esposas, e Malaquias 2:16 expressa o desgosto de Deus pela violência no casamento, reforçando que a opressão e o abuso não são aceitáveis diante de Deus. E isso inclui a violência física e emocional da mulher contra seu marido.

Esse cenário histórico criou traumas intergeracionais que ainda afetam a dinâmica entre homens e mulheres no presente.

2. A Reação Feminina na Atualidade

Em resposta a essa opressão histórica do patriarcado mundano de moral relativista, muitas mulheres têm buscado uma forma de proteção e reparação, o que levou a movimentos que, por vezes, desconstruíram aspectos tradicionais da masculinidade, generalizando o patriarcado bíblico. Essa desconstrução pode ser vista como:

  • Autonomia e Igualdade: O feminismo buscou (e ainda busca) autonomia financeira, intelectual e social para as mulheres. Mas equivocadamente ignora a liderança espiritual saudável do homem de Deus.
  • Rejeição de Estereótipos de Gênero: A luta contra papéis rígidos de gênero (causados pelo homem mau caráter) resultou em questionamentos generalizados sobre as funções tradicionais do homem de Deus como líder ou provedor. De fato, diferente do patriarcado bíblico, o homem mundano não se importa com a dignidade humana.
  • Defesa contra a Violência: Estratégias generalizadas para desconstruir a masculinidade tóxica (Patriarcado Mundano) surgiram como forma de prevenir abusos e promover segurança.

Contudo, em alguns casos, essa reação foi além da proteção e entrou em um terreno de antagonismo generalizado, promovendo uma visão de que toda masculinidade é inerentemente opressiva. No entanto, o patriarcado bíblico não se encaixa nessa opressão.

3. Consequências da Desconstrução Woke da Masculinidade

A desconstrução da identidade masculina tem efeitos significativos em diversas áreas da sociedade:

  • Homens Desorientados: Muitos homens enfrentam uma crise de identidade, sem entender como expressar masculinidade de forma saudável e aceita.
  • Quebra de Relacionamentos: A polarização ente homens e mulheres e a perda de papéis claros resultam em conflitos conjugais e aumento nas taxas de divórcio.
  • Impacto na Sociedade: A ausência de modelos masculinos fortes espiritualmente em lares e comunidades leva a desequilíbrios sociais, como aumento da criminalidade ou desajustes emocionais em jovens.

4. Um Ciclo de Reações

O que estamos vendo é um ciclo reativo: homens de mau caráter oprimiram as mulheres, e agora algumas mulheres, em busca de proteção, atacam ou minimizam a identidade masculina. Esse ciclo perpetua:

  • Desconfiança Mútua: Homens e mulheres começam a ver um ao outro como adversários, em vez de parceiros distintos e complementares.
  • Polarização Cultural: Discursos radicais de ambos os lados dificultam a reconciliação e a cooperação.
  • Desconexão Relacional: A luta de poder entre homens e mulheres enfraquece a base dos relacionamentos saudáveis espiritualmente.

5. O Caminho para a Reconciliação

O ciclo só pode ser quebrado se homens e mulheres reconhecerem a importância de uma colaboração baseada em respeito mútuo e valorização dos papéis únicos de cada um. Alguns passos práticos incluem:

  • Restauração de Modelos Saudáveis: Ensinar e promover masculinidade e feminilidade saudáveis espiritualmente em Cristo, que não sejam opressivas ou reativas.
  • Educação Mútua: Homens e mulheres precisam ouvir e compreender as experiências e desafios uns dos outros.
  • Valorização da Complementaridade: Relembrar que homens e mulheres foram criados para serem distintos e complementares, não adversários (Gênesis 2:18).

6. Um Olhar Bíblico

A visão cristã oferece uma abordagem reconciliadora: o homem é chamado a liderar com amor sacrificial, e a mulher a ser uma ajudadora virtuosa, sábia e respeitosa. A opressão ou competição não refletem o plano divino, mas são distorções causadas pelo relativismo moral e a desconstrução de papéis de homens e mulheres pela ideologia progressista woke.

  • Homens: Devem abandonar comportamentos tirânicos e buscar uma liderança humilde e amorosa no Cristo bíblico sem se conformar à religiosidade.
  • Mulheres: Podem buscar a autonomia nos limites dos seus papéis sem desprezar a liderança espiritual masculina bíblica e saudável, instituída por Deus.

Conclusão:

No passado, a opressão masculina do patriarcado moralmente relativista e sem qualquer base bíblica e a reação defensiva feminina no presente são sintomas de um ciclo de desconfiança e desequilíbrio. Para que esse ciclo seja interrompido, é necessário um retorno à visão de parceria distinta e mútua, onde homens e mulheres trabalham juntos para construir um mundo mais equilibrado e harmonioso espiritualmente, refletindo igualdade de valor entre seus papéis distintos e complementares, que Deus originalmente designou.

Liderança Masculina e Feminina no Plano Divino

De acordo com a Bíblia, a liderança masculina tem um papel especial na estrutura familiar e na ordem espiritual, mas isso não exclui as capacidades de liderança feminina. A mulher é vista como uma ajudadora idônea e virtuosa, complementando o papel do homem, e sua liderança é vital, especialmente quando exercida com sabedoria, discernimento e serviço. O que se deve evitar é uma visão que limite a mulher apenas a papéis de subordinação ou fragilidade, pois isso não reflete as capacidades reais de liderança que tanto homens quanto mulheres, em suas atribuições, podem exercer, seja em sua casa, na igreja ou na sociedade em geral.

A liderança feminina não é inferior ou mais frágil, mas diferente, trazendo características que podem enriquecer a dinâmica de liderança e servir aos outros com amor, sabedoria e cuidado. O equilíbrio entre os polos masculino e feminino em liderança é fundamental para uma sociedade justa e bem ordenada, onde ambos os sexos são respeitados em suas capacidades e responsabilidades.

Em Gênesis 2:18, a Bíblia descreve a mulher como ajudadora, não como líder. O texto diz: “Não é bom que o homem esteja só; farei-lhe uma ajudadora que esteja diante dele.” A palavra “ajudadora” (no hebraico, ezer) não implica em liderança, mas em suporte e complementação. Isso estabelece o papel da mulher como auxiliadora, alguém que vem ao lado do homem para ajudá-lo a cumprir sua missão na Terra, e não como a pessoa que exerce a liderança sobre ele.

A liderança do homem é enfatizada em outros versículos, como em Efésios 5:22-23, onde é dito que “o marido é a cabeça da mulher, como Cristo é a cabeça da igreja.” A liderança masculina, então, é centralizada no papel de autoridade, enquanto a mulher, como ajudadora e virtuosa, desempenha um papel de apoio e complementação dentro da dinâmica do casamento e da família.

A implicação disso é que o papel da mulher é fundamental, mas não predomina sobre o homem. Ela tem uma função de apoio ao seu marido, sem ocupar a posição de liderança em seu lugar.

Portanto, de acordo com o contexto bíblico, a liderança é de fato atribuída ao homem, enquanto a mulher exerce um papel diferente e de apoio dentro desse modelo.

A Mulher como Primeira Dama

Na Bíblia, o homem é frequentemente retratado como o líder, especialmente em contextos familiares e espirituais. A mulher, embora de grande valor e com uma importância fundamental no plano de Deus, é chamada para desempenhar um papel de apoio e complementaridade, não de liderança autoritária.

Esse papel de “primeira dama” implica em ser alguém que completa, apoia e ajuda na gestão do lar e em outras responsabilidades, sem assumir uma liderança direta ou uma autoridade sobre o homem. Ela pode ter grande influência sobre as decisões, mas a liderança final e a responsabilidade são atribuídas ao homem, conforme o modelo bíblico.

A Função de Liderança do Homem

Na Bíblia, o homem é visto como o líder da casa (Efésios 5:23) e é chamado para proteger, orientar e providenciar para sua família, com base no exemplo de Cristo que lidera a igreja com amor e sacrifício. A mulher, como ajudadora, tem uma função importante, mas complementar à do homem.

  • 1 Coríntios 11:3: “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, e o homem é a cabeça da mulher, e Deus é a cabeça de Cristo.” Isso reafirma a visão bíblica de uma hierarquia de liderança, onde o homem tem a posição de liderança sobre a mulher.
  • Efésios 5:22-24: “Mulheres, sede submissas a vosso próprio marido, como ao Senhor, porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.” Esse versículo também aponta para a liderança do homem na dinâmica do casamento, com a mulher em uma posição de submissão espiritual e apoio.

A Mulher e a Liderança: A Equidade no Plano de Deus

Embora o homem tenha uma posição de liderança, isso não diminui o valor da mulher. Ao contrário, ela é fundamental para o sucesso e equilíbrio da família e da sociedade. Ela é criada à imagem de Deus, com dons e talentos únicos, e sua função de ajudadora é vista como um papel de grande honra.

Na prática, a ideia de ser uma “primeira dama” significa que a mulher não exerce a liderança de forma autoritária, mas desempenha um papel de apoio estratégico, oferecendo sabedoria, diplomacia e influência dentro de um modelo de liderança masculina.

Ponto de Reflexão

Portanto, conforme a perspectiva bíblica, a mulher ocupa um papel de apoio e complemento, e não de domínio ou liderança sobre o homem. Ela é uma ajudadora, e seu papel é vital na dinâmica do casamento e da família, mas dentro de uma estrutura em que o homem é o líder.

A visão bíblica, em última análise, não propõe que a mulher seja inferior ao homem, mas sim que os papéis são complementares, com o homem sendo o líder e a mulher a ajudadora, com ambos trabalhando em conjunto para cumprir a missão de Deus na Terra.

O Ensinamento Bíblico

Na Bíblia, encontramos várias passagens que discutem a natureza humana e as dinâmicas de relacionamento, incluindo as relações entre homens e mulheres. Algumas passagens ressaltam aspectos que, se não tratados de maneira sábia e equilibrada, podem gerar conflitos.

  1. Eva e a queda: O episódio da queda de Eva, em Gênesis 3, é muitas vezes interpretado como uma forma de destacar a vulnerabilidade da mulher à sedução e ao engano. Contudo, a responsabilidade pelo pecado é compartilhada com Adão, que falhou em sua liderança e discernimento.
  2. A mulher como ‘frágil’: Em 1 Pedro 3:7, as mulheres são descritas como “o sexo mais frágil”, o que, no contexto bíblico, não é uma crítica, mas uma referência à vulnerabilidade física e emocional que precisa de cuidado e compreensão. Esse conceito não sugere fraqueza de caráter, mas uma natureza que requer proteção e liderança cuidadosa.
  3. O papel da mulher na liderança e autoridade: Em algumas passagens, como em 1 Timóteo 2:12, Paulo menciona que as mulheres não devem exercer autoridade sobre os homens. Essa orientação, no contexto bíblico, sugere que a dinâmica de liderança deve ser organizada de forma a preservar a harmonia, com o homem assumindo a liderança espiritual e familiar.

Cristo e a Igreja: Amor Sacrificial e Obediência ao Pai

O amor de Cristo pela Igreja é, de fato, o modelo supremo de amor sacrificial. Cristo não apenas amou a Igreja, mas também se sacrificou por ela para cumprir os desígnios do Pai (João 15:13). Ele demonstrou o que é amar não apenas com palavras, mas com ações — uma entrega total de Si mesmo pela salvação da Igreja. A morte de Cristo na cruz foi o ápice dessa entrega, um ato de amor que reflete a total submissão à vontade de Deus Pai, independentemente das circunstâncias, em um mundo que estava em oposição a Ele. O “Espírito do Mundo” é inimigo de Deus, e ao se sacrificar, Cristo fez um contraste claro entre os valores do Reino de Deus e os valores do mundo.

Este modelo de amor sacrificial também se reflete na vida do marido cristão bíblico, que, como líder de sua casa, é chamado a seguir o exemplo de Cristo, sendo sacrificial em seu amor e compromisso. Isso significa que o marido não deve agir por interesse próprio, mas sempre com o propósito de edificar e cuidar de sua esposa, guiando-a na verdade de Deus. O amor de Cristo pela Igreja é um amor de ação, de compromisso, de obediência à vontade de Deus, e esse amor é a base para a liderança cristã no lar.

O Marido Cristão: Amor, Sacrifício e Transformação

O amor que o marido deve ter por sua esposa é, portanto, um reflexo da obediência a Cristo. O marido não lidera sua esposa com autoridade própria ou domínio, mas com um amor que se sacrifica, que está disposto a se doar completamente pela sua esposa, assim como Cristo fez pela Igreja. Isso envolve o esposo estar vigilante em sua caminhada espiritual, procurando crescer em Cristo e se conformar mais à Sua imagem a cada dia.

Esse processo de transformação não é instantâneo, mas contínuo. O homem cristão deve ser diligente em sua busca por santidade e em sua obediência à Palavra de Deus, para que possa ser um líder genuíno para sua esposa. A obediência à Palavra de Deus, a oração, a meditação nas Escrituras e a vigilância espiritual são essenciais nesse processo. Isso não apenas o torna mais capacitado para ser um líder espiritual em seu lar, mas também o torna um exemplo vivo da transformação que ocorre em um homem quando ele segue os passos de Cristo.

A Liderança Cristã no Lar: Serviço e Sacrifício

O amor sacrificial do marido para com a esposa é, de fato, uma forma de serviço. Cristo, ao lavar os pés dos discípulos, demonstrou que a liderança verdadeira é sempre marcada pelo serviço. O marido cristão, ao seguir o exemplo de Cristo, serve sua esposa, sendo um líder que não governa com autoritarismo, mas com humildade e compreensão, buscando sempre o bem-estar espiritual e emocional dela. O objetivo do marido não é dominar, mas sacrificar-se em favor da esposa, sempre buscando edificar e fortalecer o casamento, alinhado com os princípios de Deus.

Esse tipo de liderança cristã é um reflexo do Reino de Deus e do contraste com o “Espírito do Mundo”, que promove o egoísmo, a vaidade e o domínio. O marido cristão não busca ser servido, mas serve, e em sua liderança, ele deve guiar sua esposa na verdade de Deus, em uma jornada de transformação espiritual mútua.

Conclusão: O Amor Cristão no Casamento

Portanto, o amor que o marido deve ter pela esposa, conforme a Palavra de Deus, é um amor sacrificial, que reflete a obediência a Cristo e a transformação espiritual contínua. Esse amor não é passivo, mas ativo, servindo como um exemplo de liderança cristã no lar. A verdadeira liderança masculina, então, está em ser um homem transformado, que segue o exemplo de Cristo e obedece à Palavra de Deus. Ao fazer isso, ele pode guiar sua esposa e sua família em direção ao Reino de Deus, refletindo o amor imensurável de Cristo pela Igreja e cumprindo seu papel como líder espiritual de sua casa. E de igual maneira sua esposa virtuosa se rende a Cristo sendo submissa à liderança de seu marido como patriarca da herança divina.

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