O Evangelho Progressista

O que muitas vezes é chamado de “Evangelho Progressista” refere-se a uma abordagem cristã que enfatiza temas como inclusão, justiça social e pluralismo, mas que, segundo críticos, relativiza ou distorce os princípios absolutos da Palavra de Deus.

Quando a verdade bíblica é reinterpretada ou diluída para se adequar às demandas culturais e sociais, ela deixa de ser um farol fixo e inquestionável.

Essa desconexão progressiva do fundamento divino conduz à marginalização de Deus na vida pública e privada. Sem Deus como centro moral e espiritual, os valores tornam-se subjetivos e maleáveis, dependendo das vontades individuais ou coletivas, o que cria um cenário propício para o relativismo moral.

Ao abordar a apostasia do chamado “Evangelho Progressista”, entramos em uma discussão profunda sobre o desvio teológico que ocorre quando uma interpretação moderna e culturalmente moldada do Evangelho substitui os princípios absolutos e imutáveis da Palavra de Deus.

Essa apostasia é complexa, pois não se apresenta abertamente como oposição ao Cristianismo, mas como uma “evolução” ou “atualização” dele. Isso torna o fenômeno mais insidioso e, em última análise, perigoso para a fé cristã.


O conceito de apostasia no contexto bíblico

Apostasia, do grego apóstasis (ἀποστασία), significa literalmente “afastamento” ou “abandono” de uma posição ou crença anteriormente mantida. No contexto bíblico, refere-se ao abandono da verdadeira fé e da submissão à soberania de Deus. A Escritura alerta repetidamente contra a apostasia, destacando-a como um sinal dos últimos tempos:

  • 2 Timóteo 4:3-4: “Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, juntarão mestres para si mesmos, segundo os seus próprios desejos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos.”

Essa passagem descreve precisamente o que ocorre com o Evangelho “Algodão Doce” Progressista: a rejeição das doutrinas centrais da fé e a criação de uma teologia moldada pelos desejos e agendas humanas.


Características do Evangelho Progressista

O Evangelho Progressista é frequentemente apresentado como uma tentativa de “modernizar” o Cristianismo, tornando-o mais relevante para a sociedade contemporânea. No entanto, essa abordagem geralmente compromete a verdade bíblica.

As características dessa apostasia incluem:

a) Relativismo moral

O Evangelho Progressista relativiza os padrões éticos e morais estabelecidos na Bíblia, afirmando que eles devem ser reinterpretados à luz da cultura moderna. Questões como sexualidade, casamento, identidade de gênero e santidade pessoal são reconfiguradas para se alinhar com os valores contemporâneos. Isso contradiz o ensino bíblico, que é claro sobre a imutabilidade da verdade divina (Salmos 119:89).

b) Enfoque exclusivo na justiça social

Embora a Bíblia ensine claramente a importância da justiça (Miqueias 6:8; Isaías 1:17), o Evangelho Progressista frequentemente reduz o Evangelho a uma agenda social e política. O pecado individual e a necessidade de arrependimento e salvação pela fé em Cristo são minimizados ou ignorados, e o foco é colocado exclusivamente em causas como igualdade social, ambientalismo e direitos civis.

c) Universalismo

O Evangelho Progressista tende a rejeitar a exclusividade de Cristo como o único caminho para a salvação (João 14:6). Em vez disso, adota uma visão universalista, sugerindo que todos os caminhos levam a Deus, o que nega a centralidade da cruz e a obra redentora de Cristo.

d) Rejeição da autoridade bíblica

A Bíblia deixa de ser considerada a Palavra inerrante e inspirada de Deus, passando a ser vista como um conjunto de escritos culturais que precisam ser reinterpretados ou descartados quando entram em conflito com os valores contemporâneos. Isso é particularmente evidente em debates sobre temas como aborto, sexualidade e ética.

e) Centralidade do humanismo

O Evangelho Progressista é fortemente influenciado pelo humanismo secular, que coloca o homem no centro de todas as coisas. A ênfase é deslocada de Deus para as necessidades e desejos humanos. Em vez de glorificar a Deus, o foco é satisfazer as expectativas humanas e criar uma espiritualidade “inclusiva” e “não confrontadora”.


As raízes teológicas da apostasia progressista

A apostasia do Evangelho Progressista tem raízes em movimentos filosóficos e teológicos específicos:

a) Iluminismo e modernidade

O Iluminismo promoveu a ideia de que a razão humana é a autoridade final, desafiando a soberania de Deus e a autoridade das Escrituras. O Evangelho Progressista reflete essa mentalidade ao subordinar a verdade bíblica à lógica e às normas culturais humanas.

b) Teologia liberal

A teologia liberal do século XIX e XX, liderada por figuras como Friedrich Schleiermacher e Rudolf Bultmann, já havia desafiado a ortodoxia cristã ao reinterpretar a fé em termos puramente existenciais e subjetivos. Essa tendência é amplificada no Evangelho Progressista.

c) Pós-modernismo

A filosofia pós-moderna, com seu desprezo pela verdade absoluta e sua ênfase no pluralismo, desempenha um papel central na formação do Evangelho Progressista. A ideia de que cada pessoa pode “criar sua própria verdade” se reflete na rejeição da objetividade bíblica.


Consequências da apostasia progressista

As implicações dessa apostasia são devastadoras para a fé cristã e para a sociedade:

a) Erosão da identidade cristã

Ao rejeitar a autoridade bíblica, o Evangelho Progressista cria uma forma diluída de Cristianismo que é indistinguível do humanismo secular. Isso enfraquece a identidade cristã e torna a Igreja irrelevante como testemunha da verdade divina.

b) Divisão dentro da Igreja

O Evangelho Progressista causa profundas divisões dentro da Igreja, à medida que líderes e congregações divergem sobre questões fundamentais. Essas divisões fragmentam o Corpo de Cristo e prejudicam o testemunho da Igreja ao mundo.

c) Desorientação espiritual

Indivíduos que seguem o Evangelho Progressista frequentemente experimentam confusão espiritual, pois ele não oferece respostas claras sobre a salvação, o pecado e o propósito eterno.

d) Contribuição para o caos moral

Ao relativizar a moralidade, o Evangelho Progressista contribui para o caos social. Sem padrões claros de certo e errado, a sociedade se desintegra sob o peso de sua própria rebelião.


O chamado ao arrependimento

A Bíblia exorta os crentes a permanecerem firmes na verdade e a rejeitarem qualquer distorção do Evangelho. O apóstolo Paulo advertiu sobre falsos evangelhos em Gálatas 1:6-9, destacando que qualquer mensagem que se desvie da cruz de Cristo é anátema.

O retorno à verdadeira fé exige:

  1. Reafirmação da autoridade bíblica: Reconhecer a Bíblia como a Palavra inerrante de Deus e o padrão definitivo para a vida e a prática cristã.
  2. Arrependimento genuíno: Abandonar os caminhos do relativismo moral e submeter-se à soberania de Cristo.
  3. Fidelidade à pregação do Evangelho: Proclamar a salvação pela fé em Cristo como a única esperança para a humanidade, sem comprometer sua mensagem.

Conclusão

A apostasia do Evangelho Progressista representa uma grave ameaça à fé cristã, pois mina suas bases fundamentais e conduz os crentes ao erro. No entanto, mesmo em meio à apostasia, Deus chama seu povo ao arrependimento e à fidelidade. O desafio para os cristãos de hoje é permanecer inabaláveis na verdade, testemunhando o poder transformador do Evangelho genuíno, mesmo em um mundo que busca adaptá-lo às suas próprias vontades. Como Jesus declarou em João 8:32:

“E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.”

O livro “Another Gospel? A Lifelong Christian Seeks Truth in Response to Progressive Christianity”, de Alisa Childers, é um relato pessoal e apologético que examina o movimento do Cristianismo Progressista. A autora narra sua experiência com uma igreja que adotava essas crenças e reflete sobre como isso a levou a questionar sua fé, buscar respostas e reafirmar o Cristianismo bíblico. O livro é uma defesa da fé cristã tradicional contra os desvios teológicos promovidos pelo progressismo religioso.


Resumo dos principais pontos do livro:

Experiência Pessoal e a Crise de Fé

  • Alisa Childers compartilha como, ao participar de uma igreja liderada por um pastor progressista, foi exposta a dúvidas sobre a Bíblia, a ressurreição de Cristo e a natureza de Deus.
  • Isso a levou a uma profunda crise espiritual, mas também a uma jornada de investigação teológica e apologética.

O que é o Cristianismo Progressista?

  • Childers descreve o Cristianismo Progressista como um movimento que se apresenta como cristão, mas frequentemente rejeita doutrinas fundamentais do Evangelho.
  • Enfatiza a inclusão, o pluralismo e a moralidade culturalmente definida, muitas vezes à custa da verdade bíblica.

Características do Cristianismo Progressista

  • Rejeição da autoridade bíblica: A Bíblia é tratada mais como um texto humano cheio de falhas do que como a Palavra de Deus inspirada.
  • Relativismo moral e espiritual: O pecado é minimizado ou redefinido, e a ênfase recai no amor e na aceitação, independentemente de padrões morais.
  • Descentralização da cruz: A doutrina da expiação substitutiva de Cristo é negada ou desvalorizada.
  • Universalismo: A ideia de que todos serão salvos, independentemente da fé em Cristo.

Os Perigos do Cristianismo Progressista

  • Childers alerta que o progressismo religioso não é simplesmente uma variante do Cristianismo, mas um “outro evangelho” que nega aspectos essenciais da fé cristã.
  • Ela destaca como isso pode levar a uma perda da identidade cristã e ao abandono da verdade bíblica.

A Defesa do Cristianismo Bíblico

  • Por meio de estudo e diálogo com apologistas renomados, Childers reafirma a confiança na confiabilidade da Bíblia, na ressurreição histórica de Cristo e na exclusividade de Jesus como o caminho para Deus.
  • Ela refuta os argumentos do Cristianismo Progressista com base em evidências históricas e teológicas.

O Chamado à Firmeza na Fé

  • Childers encoraja os cristãos a conhecerem profundamente as doutrinas fundamentais do Cristianismo e a estarem preparados para defendê-las.
  • Ela enfatiza que, embora o amor e a compaixão sejam cruciais, eles devem ser acompanhados pela verdade.

    Mensagem Principal

    Alisa Childers afirma que o Cristianismo Progressista apresenta um falso evangelho que se distancia da fé cristã histórica e bíblica. Seu livro é um apelo aos cristãos para permanecerem firmes na verdade das Escrituras e rejeitarem distorções que comprometem o núcleo da mensagem do Evangelho.

    Conclusão

    “Another Gospel?” é um recurso importante para aqueles que enfrentam dúvidas ou estão sendo confrontados pelo Cristianismo Progressista. Alisa Childers combina um testemunho pessoal poderoso com uma defesa sólida do Cristianismo bíblico, oferecendo esperança e clareza em um mundo onde a fé está sob ataque.

    Disponível na Amazon

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