O Orgulho Humano e Suas Consequências Eternas
A origem dos problemas que enfrentamos como sociedade — desamor a Deus, ao próximo e a nós mesmos — está, de fato, enraizada no orgulho humano. Quando homens e mulheres, independentemente de sua posição, escolhem ignorar os princípios eternos e buscam poder, controle e satisfação própria, eles colocam seus interesses acima dos valores universais que promovem a harmonia e o bem-estar coletivo.
O orgulho humano age como uma lente que distorce a visão de justiça e verdade, levando a consequências destrutivas e duradouras, não apenas para o indivíduo, mas para toda a sociedade.
Esse orgulho e arrogância se refletem especialmente no que chamamos de “direitos humanos.” Ao invés de um conceito que busca garantir dignidade e respeito mútuo, os direitos humanos, quando desconsideram as verdades eternas, tornam-se uma ferramenta para justificar comportamentos e estilos de vida que desafiam a ordem divina.
Ao priorizar a liberdade absoluta sem responsabilidade, a sociedade acaba promovendo a liberdade para se distanciar dos princípios morais, o que gera uma desconexão entre os direitos e os deveres que sustentam uma vida justa e pacífica.
A Vaidade de Metas Sem Fundamento Eterno
O desejo por reconhecimento, influência, ou prazer se torna o foco, levando o ser humano a se enganar com o que é efêmero e, por isso, incapaz de gerar verdadeira realização. Como descrito em Eclesiastes, tudo “debaixo do sol”, ou seja, sem a presença de Deus, é vaidade (Eclesiastes 1:14, ACF). Esse vazio espiritual se reflete em uma constante busca por algo mais, pois os valores temporais nunca podem satisfazer as necessidades profundas da alma humana, que foram criadas para o eterno.
Quando valores superficiais são elevados à posição de “verdade”, o ser humano passa a viver uma falsa imagem de moralidade e virtude, sem estar verdadeiramente comprometido com o bem.
Essa hipocrisia é visível em muitos setores da sociedade, onde a aparência de justiça, ética e responsabilidade se torna mais importante do que a prática genuína desses valores.
No fundo, essa falsidade moral gera uma sociedade em que a integridade e a honestidade são sacrificadas em nome da autopromoção e do reconhecimento.
A Falsa Promessa da Liberdade Absoluta
O clamor moderno por “direitos humanos” muitas vezes desconsidera as verdades eternas, pois se concentra na liberdade de ação e expressão sem consideração pelos limites estabelecidos por Deus.
Essa rebeldia, disfarçada de progresso e igualdade, acaba sendo um eco da antiga tentação de seguir o próprio caminho, de ser “como Deus” no sentido de definir a moralidade de acordo com o próprio desejo, em vez de seguir a vontade de Deus.
Em essência, o desejo pela “liberdade absoluta” ignora a noção de que a verdadeira liberdade só pode existir dentro de uma estrutura moral que respeita a justiça divina.
De fato, há uma tendência natural do ser humano em buscar “liberdade” sem limites, guiada por um desejo de satisfazer-se à parte de qualquer padrão absoluto de certo e errado. Esse impulso, que parece libertador à primeira vista, é, na realidade, uma expressão da rebeldia contra o Criador e Seu modelo perfeito de justiça.
Esse desejo de liberdade absoluta, divorciado de responsabilidade e de um compromisso com a verdade divina, gera um ciclo interminável de conflitos e confusões.
Ele se manifesta em todas as esferas da vida: na política, onde ideologias conflitantes buscam impor sua visão de “justiça”; no âmbito espiritual, onde o conflito entre carne e Espírito se intensifica; e na sociedade como um todo, onde a busca desenfreada por satisfação pessoal leva a divisões, violência e caos.
A verdadeira paz e unidade só podem ser alcançadas por meio de um compromisso com as verdades eternas e pela renovação do coração humano em Cristo. Isso implica uma renúncia ao orgulho e ao desejo de liberdade absoluta, substituídos pelo desejo de viver conforme a vontade de Deus, reconhecendo nossa dependência d’Ele em todas as esferas da vida.
