Em um vasto deserto, chamado coração, onde o sol queimava intensamente e as noites eram frias e solitárias, havia uma porta estreita. Esta porta guardava um enigma profundo, que todos precisariam viver para alcançar a verdadeira paz que excede todo entendimento, caminhando pela estrada da santidade que levaria ao Jardim da Glória.
No centro do deserto, um viajante chamado Samuel parou para descansar. Ele havia enfrentado muitas batalhas em sua vida e sentia-se cansado e perdido. Enquanto olhava ao redor, notou que, em meio à imensidão do deserto, uma porta estreita se destacava. Mas havia um grande desafio à sua frente: o enigma que protegia a entrada.
A primeira chave do enigma era a “fé”. Samuel se lembrou de como, em momentos de dúvida, a fé o havia guiado através da escuridão. Ele sabia que a fé não era apenas acreditar, mas confiar plenamente em Deus, mesmo quando as circunstâncias eram desfavoráveis.
A segunda chave era o “arrependimento”. Samuel refletiu sobre seus erros e falhas. Ele sabia que para avançar, precisava reconhecer suas transgressões e buscar o perdão. O arrependimento não era um peso, mas um caminho para a liberdade.
A terceira chave era “negar a si mesmo”. Samuel percebeu que isso significava abrir mão de suas próprias vontades e desejos, colocando os planos de Deus acima de tudo. Era um convite a se despir da arrogância e do egoísmo.
A quarta chave era “pegar sua cruz”. Samuel entendeu que a jornada da vida inclui sacrifícios e sofrimentos. Cada um tem sua própria cruz para carregar, e ele estava disposto a enfrentar suas dificuldades com coragem, sabendo que isso o tornaria mais forte.
A quinta e última chave era “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Samuel sabia que Jesus era esse caminho. Seguir Jesus significava viver em obediência, amar ao próximo e andar na luz. Ele se lembrou das palavras de Cristo, que prometeu que ninguém chegaria ao Pai senão por Ele.
Samuel sabia que as cinco chaves deveriam ser vividas em Espírito e em verdade para decifrar o mistério. Cada chave representava uma etapa no deserto da vida, onde as dificuldades e provações eram fortalecidas com a presença do maior de todos os mistérios. Deus!
Que sussurra a Verdadeira Verdade, revelando os segredos do coração. Como Verbo consumado, que oferece perdão e restauração. Sendo Ele a própria Eternidade! Que nos lembra de que nossas vidas têm um propósito maior além deste mundo.
Enquanto Samuel refletia sobre as chaves, percebeu que cada desafio nesse deserto de dificuldades e provações era, na verdade, uma oportunidade de crescimento. Cada dor, cada lágrima, cada sacrifício se tornava uma ferramenta para moldar seu caráter e fortalecer sua fé.
Samuel começou a viver essas verdades. Ele se entregou à fé, buscou o arrependimento, aprendeu a negar a si mesmo, aceitou sua cruz e seguiu Jesus. Em cada passo, ele sentia o peso das provações, mas também a presença de Deus. O sussurro da Verdadeira Verdade encorajava seu coração, o Verbo Consumado o fortalecia e a Eternidade o lembrava de que a jornada valia a pena.
Samuel entendeu que as cinco chaves eram vividas em Espírito e em Verdade como sacrifício vivo! O segredo era crer! Ele então percebeu que a porta estava aberta para todos; Nesse momento uma voz falou ao seu coração: “Não vim chamar justos, mas pecadores arrependidos” (Lucas). Essa voz era ouvida somente pelos ouvidos do coração, e essa era a certeza de que Samuel estava no caminho certo. Quando a voz terminou de falar, uma longa estrada de Santidade começou a se formar diante de seus pés. Era a estrada que levaria ao Jardim da Glória, um lugar de paz, amor e alegria eterna.
Samuel sentiu a presença de Deus novamente; ele sabia que não estava sozinho. Ele carregava consigo um livro antigo que falava em mistérios: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.” (João 14:23). Seu peito aqueceu!
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim.” (Gálatas 2:20). Ele entendeu que sua fé estava firmada na Rocha!
“O Espírito Santo é o Consolador enviado por Jesus, habitando em nós para guiar e transformar nossas vidas.” (João 14:16-17).
Samuel era um testemunho vivo de que, no deserto da vida, as dificuldades não eram barreiras, mas degraus para a grandeza de Deus. E assim, sua história se tornou um símbolo de esperança e santidade para todos os que atravessam o deserto do coração, lembrando que, em meio às provações, o Pai, o Filho e o Espírito Santo habitam em nós, guiando-nos rumo à verdadeira paz e ao eterno Jardim da Glória.
